Tem uma coisa que sempre chama atenção quando alguém fala em trabalhar com imóveis: o dinheiro.

Não é segredo pra ninguém que um corretor pode ganhar muito bem — e às vezes, com uma única venda. Imagina fechar um negócio e ver entrar na conta o equivalente a seis meses de salário de muita gente.

É o tipo de profissão que desperta aquele pensamento irresistível: “E se eu também conseguisse isso?”

O mercado imobiliário tem esse brilho. Ele mistura liberdade, comissões altas e a sensação de que você pode crescer sem limite.

E é justamente por isso que tanta gente se interessa por ele — porque aqui, o teto não é definido por um chefe ou uma folha de pagamento, mas pelo tamanho da sua performance.

Mas quanto realmente ganha um corretor de imóveis?

Quais são os números, as diferenças entre iniciantes e veteranos, e o que faz alguns chegarem aos cinco dígitos mensais enquanto outros ainda lutam pra fechar a primeira venda?

É isso que você vai descobrir agora — com dados reais, exemplos práticos e, lá na frente, um insight que pouca gente percebe: não é só sobre vender imóveis… é sobre vender da forma certa.

Como o corretor de imóveis ganha dinheiro

Antes de falar em números, é preciso entender como o jogo funciona.

O corretor de imóveis não tem salário fixo (na maioria dos casos). O dinheiro vem das comissões — ou seja, de cada negócio fechado.
E é justamente isso que faz a profissão ser tão atraente: não existe limite.
Mas também é o que assusta. Porque se não vender, não entra nada.

Existem quatro principais formas de atuar no mercado:

1. Corretor autônomo (100% comissionado)

Trabalha por conta própria, faz tudo — da captação do imóvel à negociação com o cliente.
Se vender, fica com 100% da comissão (tirando custos). Se não vender, não ganha nada.
É o modelo da liberdade total, mas também da responsabilidade total.

2. Corretor parceiro de imobiliária

Usa a estrutura da empresa — portfólio, marca, marketing —, mas divide a comissão.
Em média, fica com 2% do valor do imóvel, já que a comissão total (normalmente 6%) é dividida entre empresa, gestor e outros profissionais envolvidos.

3. Corretor captador

É o “olheiro” do mercado. Ele encontra proprietários que querem vender e traz o imóvel pra imobiliária.
Quando o imóvel é vendido, o captador ganha uma parte da comissão — geralmente 10% da comissão total.

4. Corretor assalariado

Tem vínculo formal com uma empresa, recebe um salário fixo baixo e um bônus por vendas.
Mais previsível, menos rentável.
Ideal pra quem busca segurança, não crescimento acelerado.

Perceba: o mesmo trabalho, com formatos diferentes, pode gerar resultados completamente distintos.
No fim, o que define o ganho não é a profissão em si, mas como você decide jogá-la.

Quanto é a comissão de um corretor de imóveis

Agora sim, os números.

A comissão média no Brasil gira entre 5% e 6% do valor do imóvel vendido, segundo o COFECI.
Parece pouco, mas é o suficiente pra transformar vidas.

Veja na prática:

  • Um imóvel de R$ 300.000 gera entre R$ 15.000 e R$ 18.000 de comissão total.

  • Um imóvel de R$ 1 milhão gera R$ 50.000 a R$ 60.000.

  • Um imóvel de R$ 5 milhões? Estamos falando de R$ 250.000 em uma única venda.

Claro, o corretor não fica com tudo isso se estiver vinculado a uma imobiliária.
Mas mesmo com as divisões, é um potencial de ganhos que poucas profissões oferecem.

Nas locações, o padrão muda: o corretor recebe o valor equivalente ao primeiro aluguel (em contratos anuais) ou até 30% do total em aluguéis por temporada.

E o mais curioso é que, mesmo sabendo disso, muita gente ainda subestima o poder dessa profissão — talvez porque não entenda o que está por trás de um fechamento bem-feito.

Corretor autônomo vs. corretor de imobiliária: quem ganha mais?

Essa pergunta não tem uma resposta exata — mas dá pra entender a lógica.

O autônomo ganha mais por venda.
O corretor de imobiliária ganha menos por venda, mas faz mais negócios.

Vamos imaginar:

Um imóvel de R$ 200.000, com 6% de comissão, gera R$ 12.000 de honorários.

Se o corretor for autônomo, e fizer tudo sozinho, fica com os R$ 12.000.

Se estiver numa imobiliária, essa comissão se divide. Ele pode ficar com R$ 4.000 — enquanto o resto vai pra empresa e outros envolvidos.

Então, quem ganha mais?
Depende do perfil.

O autônomo precisa investir em marca pessoal, marketing e geração de leads.
O da imobiliária se apoia na estrutura, mas abre mão de parte do ganho.

No fim, não é sobre “quem ganha mais”, e sim quem aprendeu a construir o próprio fluxo de oportunidades.

Quanto ganha um corretor iniciante

Aqui é onde muita gente desiste.

O início costuma ser o trecho mais desafiador da jornada.
Nos primeiros meses, o corretor passa mais tempo aprendendo, prospectando e testando, do que realmente vendendo.

De acordo com dados de mercado (Glassdoor, Lopes, IBRESP), um corretor iniciante ganha em média R$ 2.000 a R$ 3.500 por mês, já considerando comissões esporádicas.
Alguns não vendem nada nos primeiros meses — e tudo bem. É parte do processo.

Porque no começo, você não é pago pelo que vende. Você é pago pelo que aprende.

Cada conversa, cada visita frustrada, cada “não” do cliente é um tijolo no aprendizado.
E os corretores que prosperam são justamente aqueles que resistem ao silêncio do início.

Quanto ganha um corretor experiente e de alto padrão

Agora, o outro extremo da curva.

Um corretor experiente, com carteira ativa e boa reputação, pode ganhar R$ 10.000, R$ 20.000 ou mais por mês.
Em mercados aquecidos, como São Paulo, esses números podem chegar facilmente a R$ 30.000 ou R$ 40.000 mensais.

Mas o grande salto acontece no mercado de alto padrão.

Um único negócio pode render R$ 100.000 em comissão.
Imagine vender um imóvel de R$ 5 milhões — estamos falando de R$ 250.000 em honorários totais.
Mesmo que o corretor fique com uma parte disso, ainda é uma cifra impressionante.

E sabe o que todos esses corretores de sucesso têm em comum?
Eles entendem que não vendem imóveis. Vendem experiência.

O cliente de alto padrão não compra só uma casa.
Compra status, conforto, segurança e o prazer de ser atendido por alguém que entende de valor.
E quem sabe entregar isso, nunca mais precisa correr atrás de cliente.

Vale a pena ser corretor de imóveis?

Se você gosta de desafios, sim — e muito.
Mas é preciso entrar sabendo o que está fazendo.

Ser corretor é viver num ciclo constante de altos e baixos.
Tem meses de abundância e meses de espera.
E só quem aprende a manter o equilíbrio emocional e financeiro atravessa o caminho com sucesso.

Agora, o ponto que muita gente ignora: o corretor é a própria empresa.
Não existe chefe, não existe salário, não existe estabilidade.
Mas existe algo mais poderoso — a chance de construir um negócio do zero, com seu nome e sua marca.

E é aqui que vem a virada de chave.

O divisor de águas: imagem, vídeo e presença digital

Você pode conhecer o mercado, ter boa oratória, saber negociar…
Mas se o seu imóvel não causa impacto visual, o cliente simplesmente não se interessa.

Hoje, o comprador decide se vai visitar um imóvel antes mesmo de falar com o corretor.
Ele julga pelas fotos, pelo vídeo, pela sensação que o anúncio transmite.

E é exatamente aí que os melhores se destacam.

Um imóvel bem apresentado vende até três vezes mais rápido.
Boa iluminação, enquadramento certo, storytelling visual — tudo isso muda o jogo.
E quem domina isso, vende com previsibilidade.

Porque no fundo, a primeira venda não é do imóvel. É da imagem do corretor.

Como começar na profissão

Se depois de tudo isso você ainda sente vontade de seguir nessa área — ótimo.
Isso significa que você entendeu o jogo.

Pra começar, você precisa:

  1. Ter 18 anos completos.

  2. Concluir o Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI).

  3. Solicitar o registro no CRECI da sua região.

Depois disso, é hora de escolher:
Vai atuar por conta própria, entrar numa imobiliária, ou montar um modelo híbrido?

O importante é começar com mentalidade de profissional, não de amador.
Invista em aprendizado, em imagem, e em se posicionar no digital — porque é ali que o mercado está crescendo mais rápido.

O céu é o limite, desde que você saiba construir o chão

A profissão de corretor é, ao mesmo tempo, desafiadora e libertadora.
É um mercado onde você colhe exatamente o que planta — nem mais, nem menos.

Nos primeiros meses, é plantio.
Com o tempo, vem a colheita.
E o que determina o tamanho dessa colheita hoje não é só o quanto você se dedica, mas como você se apresenta.

Porque o cliente moderno não compra com base no que ouve — ele compra com base no que .
E é aí que muitos se perdem: acreditam que vender bem é falar bem, quando na verdade vender bem é mostrar bem.

Corretores que dominam foto, vídeo e narrativa visual não são apenas vendedores.
São autores da experiência.
Eles fazem o cliente sentir o imóvel antes mesmo da visita.
E quando isso acontece, o processo de venda deixa de ser uma disputa por atenção e passa a ser uma escolha natural.

Enquanto uns vendem imóveis, outros vendem percepção de valor.
E é exatamente isso que o mercado mais procura:
profissionais que entendem que, no fim das contas, a câmera é a nova caneta do corretor de sucesso.